Com a chegada do último trimestre, o ritmo nas administrações municipais acelera. É hora de fechar o exercício, revisar contas e garantir que cada ação esteja em conformidade com as exigências legais e fiscais.
Nesse cenário, o papel do Controle Interno é decisivo: é ele quem assegura que os processos estejam corretos, as informações fidedignas e os riscos sob controle.

Para evitar apontamentos e garantir uma prestação de contas tranquila, reunimos quatro pontos essenciais que o Controle Interno precisa revisar antes do fim do ano.

1. Conciliação contábil e consistência dos registros

Antes de encerrar o exercício, o primeiro passo é garantir que todos os lançamentos estejam devidamente conciliados — tanto os contábeis quanto os financeiros.
O Controle Interno deve verificar:
  • Se as receitas e despesas foram registradas corretamente;
  • Se há divergências entre o sistema contábil e os extratos bancários;
  • Se todos os bens e créditos estão devidamente atualizados no Balanço Patrimonial.

Esses ajustes garantem que o Município apresente demonstrações contábeis consistentes, reduzindo o risco de ressalvas ou rejeições nas contas.

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2. Execução orçamentária e limites legais

O segundo ponto é revisar o cumprimento dos limites definidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) — especialmente em relação a gastos com pessoal, endividamento e aplicação mínima em saúde e educação.

O Controle Interno deve acompanhar de perto:
  • Se as despesas estão dentro dos percentuais legais;
  • Se há dotações suficientes para empenhos e restos a pagar;
  • Se não há compromissos assumidos sem cobertura orçamentária.
Antecipar ajustes é sempre melhor do que justificar descumprimentos depois.

3. Regularidade dos contratos e licitações

Fim de ano é período crítico para compras e renovações contratuais. Por isso, o Controle Interno deve revisar a conformidade de licitações, dispensas e contratos vigentes — principalmente aqueles prorrogados automaticamente ou com execução plurianual.

É importante checar:
  • Se todos os processos licitatórios seguiram a Lei nº 14.133/21;
  • Se há documentação completa e pareceres técnicos anexados;
  • Se os contratos têm respaldo orçamentário e previsão de entrega.
Veja também:
Erros mais comuns em licitações de fim de ano e como preveni-los

4. Avaliação de riscos e planos de prevenção

Nenhuma revisão de fim de exercício está completa sem uma boa análise de riscos.
Cabe ao Controle Interno identificar vulnerabilidades em áreas críticas — como folha de pagamento, almoxarifado, contratos e convênios — e propor planos de mitigação antes que o novo exercício inicie.

Ferramentas como a Matriz de Risco ajudam a mapear processos sensíveis e definir ações preventivas. Essa prática fortalece a governança e reduz apontamentos de órgãos de controle externo.

Entenda como a Matriz de Risco fortalece a gestão:
Prevenção de Riscos: O Papel da Matriz de Risco na Gestão Sustentável

Conclusão

Mais do que uma obrigação técnica, a revisão de fim de ano é uma oportunidade para fortalecer a gestão pública, aprimorar processos e começar o próximo exercício com segurança e transparência.

Um Controle Interno proativo é aquele que antecipa riscos, orienta as áreas e atua como parceiro estratégico na tomada de decisão.

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